terça-feira, 11 de novembro de 2008

É J. Verne o pai do Steampunk?

Para quem desconhece Steampunk é um subgénero da ficção científica, ou ficção especulativa, que ganhou fama no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Trata-se de um universo semelhante a uma época anterior da história humana, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real, mas foram obtidos por meio da ciência já disponível naquela época.


O género foi baseado num universo de ficção cientifica criado por autores consagrados como Júlio Verne, H.G. Wells, Mark Twain e Mary Shelley, entre outros, no fim do século XIX, onde mostra uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos improváveis), com automóveis, aviões e até mesmo computadores movidos a vapor naquela época.

Muitos dizem que Verne foi o verdadeiro pai do estilo Steampunk pois não só as suas obras foram escritas na época vitoriana (a ficção steampunkiana foca-se mais sobre a tecnologia real, teórica ou cinemática da era vitoriana (1837-1901)) como a sua ficção se baseava na ciência e tecnologia do seu tempo. Será? A verdade é que muitas «máquinas maravilhosas» vernianas como o Nautilus de "20.000 Léguas Submarinas", o Albatros de “Robur, o conquistador", o interior de cápsula de "Da Terra à Lua", as lâmpadas portáteis em "Viagem ao centro da Terra", o magnífico balão Victória de "Cinco semanas num balão", e até o Épouvant de "Senhor do mundo", foram “criadas” usando a tecnologia disponível na altura e isso é associado ao Steampunk.

Mais tarde algumas destas obras foram adaptadas ao grande ecrã como Viagem ao Centro da Terra (1959), Master of the World (1961), Cinco Semanas num Balão (1962),... e este estilo foi mais popularizado, ainda que por vezes se tenham exagerado alguns elementos de forma a torná-los mais evidentes como no caso de A Volta ao Mundo em 80 Dias (2004) e no de 20,000 Léguas Submarinas (1954) como por exemplo no aspecto exterior do Nautilus.

Também outros filmes/séries contendo elementos vernianos mostraram o estilo Steampunk. Foi o caso de Back to the Future III com o comboio (Br: trem) a vapor Jules Verne, da Liga dos Cavalheiros Extraordinários com o seu (mais uma vez exagerado) Nautilus e da recente série baseada na vida do escritor francês The Secret Adventures of Jules Verne.

 Back to the Future III

Outros filmes se têm feito que incorporaram este estilo na sua estética sendo os mais recentes “A Bússola Dourada” e “Stardust” o que nos leva a concluir que o Steampunk, veio para ficar!

Ficam algumas fotos do que seria o material informático na realidade do Steampunk:




Visite o seguinte site para mais informações:
Steampunk.com.br (site brasileiro sobre o tema onde foram retiradas duas fotos para este artigo)

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